Sri Lanka - 49º

O Sri Lanka, antigo Ceilão, é uma ilha localizada a cerca de 30 quilômetros da costa da Índia. Montanhas dominam a região centro-sul, e algumas delas fazem parte de roteiros de romarias e peregrinações cumpridas por adeptos de várias religiões. Planícies se estendem da região montanhosa até a faixa costeira ao norte do país. Grande parte da ilha é coberta por florestas tropicais. (leia mais)

Roupas Típicas

A roupa tradicional de Sri Lanka é muito interessante. As mulheres perto... (leia mais)
Comidas Típicas

A comida do Sri Lanka é quente e picante. A base alimentar... (leia mais)

Festas Populares

Vesak é a festa mais popular do Sri Lanka, ela comemora o dia de Buda. (leia mais)

Anderson França quarta-feira, 30 de março de 2011
Comidas de Sri Lanka

Arroz com carril
A comida do Sri Lanka é quente e picante. A base alimentar dos habitantes da ilha é o arroz que consomem o carril (tempero fortemente apimentado) com legumes e base de peixe. Todos os pratos são preparados com leite de coco e leite aromatizado com uso liberal de especiarias.

Como todos os habitantes das regiões costeiras, o povo do Sri Lanka são também especialistas em preparar pratos de peixe. Mallung, Sambol, Lamprais, Buriyani e Polos Pehi são alguns pratos populares do Sri Lanka. No Sri Lanka tem também vários doces suculentos como Kavum, Halape, Thalaguli e Wattalapam.

Pratos populares

Mallung é um prato elaborado com verduras cortadas em pedaços finos, camarão seco, coco ralado e especiarias.

Pol Symbol é uma combinação simples de coco ralado, cebola, pimenta, limão e sal.

Seeni Sambol é uma combinação de peixes suculentos Maldivas preservar e cebola picante. O povo do Sri Lanka também gostam de comer bolachas e conservas com a comida.

Lamprais é um prato com sabor único. A abundância de ingredientes, incluindo carril, costeletas, sambols, pasta de camarão especial, berinjela curry e arroz são mantidos juntos em uma folha de bananeira e assada.
Buriyani é o arroz cozido em caldo de carne.

Vários doces suculentos também fazem parte da culinária da ilha. Halape é uma mistura de açúcar mascavo e coco. Thalaguli é uma bola de confeitaria. Muitos doces indianos também são encontradas no Sri Lanka, especialmente em Colombo e Kandy. Wattalapam é uma sobremesa de dar água na boca. Requeijão e melado também é muito apreciado pelos visitantes. sanduíches, biscoitos deliciosos, batatas fritas e salsichas são usados ??como lanches pelo Sri Lanka.

Fonte: http://www.sri-lanka.saarctourism.org/

Anderson França
Roupas Típicas do Sri Lanka

A roupa tradicional de Sri Lanka é muito interessante. As mulheres perto da idade de casar ou já casadas, normalmente usam um sari, também conhecido como Kandyan Sari.

Meninas cingalesas usam meia saree, um pano e uma jaqueta com um babado em volta dos ombros.
Meninas tamil (que tenham atingido a puberdade) normalmente usam meia Sarre, que é como um saree, mas não totalmente, tem um longo lenço ou pano para colocar no seu ombro esquerdo e fica enfiado em sua saia e ele é como um pavadai sattai também.

Vetty Patta
Homens cingaleses usam Baniyama. E os homens Tamil usam vetty patta, que é uma camisa e um longo pano que eles enrolam a sua cintura.

Anderson França
Vesak - Sri Lanka


A decisão de comemorar o "Vesak" como a festa do nascimento de Buda foi adotada durante a primeira Conferência Mundial de Budistas em 1950, no Sri Lanka, mas esta tradição já era praticada muito antes.
Foi durante o mês de maio que Buda nasceu, recebeu a iluminação e alcançou o Nirvana.
A festa do "Vesak" é celebrada especialmente entre os budistas da tradição Theravadin, no Sri Lanka, na Tailândia e em Mianmar.
Os órgãos públicos, grupos budistas e empresas privadas do Sri Lanka organizam vários eventos para lembrar a data.
As entradas de casas, lojas, shoppings e escritórios estão decorados há dias com lanternas coloridas, que simbolizam a iluminação de Buda.
Nos templos, acontecem cerimônias religiosas e sessões de meditação ao longo de dois dias, às quais a população comparece vestind
o roupas brancas como símbolo de pureza e paz.

Anderson França
Pinkintin, o pequeno herói

A família comprometida com o evangelho, todos respiram evangelismo, salvação de almas... MAS, num dia frio, chuvoso... As ruas vão estar vazias, hoje não adianta ir... O filho pergunta ao PAI/PASTOR - “Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?”
Nem assim, o coração do pastor foi sensibilizado. Lá foi o PINKINTIN entregar seus folhetos... E isso teve resultados, veja na história deste pequeno herói.
Adaptação de O Último Folheto
PASTOR ARISTÓTELES – Pai do Jovem Lucas e compromissado com a evangelização.
CAMILA: Esposa do pastor e mãe do menino Lucas.
PINKINTIN: Filho do pastor Aristóteles, preocupado com a salvação de vidas.
MARLENE: Senhora grata ao menino pela salvação de sua vida.
CENA 1 – (Som – Luz no pastor e sua esposa)
PASTOR ARISTÓTELES – Camila, hoje foi uma benção a escola dominical pela manhã, mas agora a tarde está frio e ameaça chover.
CAMILA: O que você está querendo dizer com isso?
ARISTÓTELES – O evangelismo com o Pinkintin.
CAMILA: Se ficar impossível, não vá.
ARISTÓTELES: As vidas estão sendo ceifadas e não podemos esperar.
CAMILA: Vamos pedir a Deus pra Ele intervir e não chover, afinal a obra é Dele.
ARISTÓTELES: Não poderei sair com o Kin, talvez eu vá só.
CAMILA: Começou a chover e com essa chuva ele não pode ir.
ARISTÓTELES: Além do frio que faz, acho que vou cancelar o evangelismo. (Entra Pinkintin agasalhado)
PINKINTIN: Pai já estou pronto!
ARISTÓTELES: Pronto pra que filho?
PINKINTIN: Pai, está na hora de pegar os folhetos e sair.
ARISTÓTELES: Filho está muito frio lá fora e também chove muito.
PINKINTIN: E daí pai, já vai passar.
CAMILA: Deixa para o próximo domingo querido.
PINKINTIN: Não podemos mãe.
CAMILA: E por que não?
ARISTÓTELES: Hoje não Kin...
PINKINTIN: Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?
ARISTÓTELES: Filho, eu não vou sair nesse frio.
PINKINTIN: Pai, eu posso ir? Por favor!
ARISTÓTELES: Mas filho...
CAMILA: Claro que não!
PINKINTIN: Por favor, mãe, pai deixa vai?
ARISTÓTELES: Tudo bem filho, você pode ir, aqui estão os folhetos. Tome muito cuidado filho.
CAMILA: Cuidado querido!
PINKINTIN: Obrigado pai, mãe! (Música – B.O)
NARRAÇÃO: A seara é grande, mas poucos os ceifeiros. Quando o homem coloca obstáculos pra fazer a obra de Deus, o Senhor usa outra pessoa e até mesmo uma criança.
CENA 2 – (Luz – Pinkintin na rua molhado entregando folhetos)
PINKINTIN: (Falando aos passantes) Jesus te ama! Ele é a única solução! Meu Deus, só sobrou esse ultimo folheto e está todo molhado. Deve ser tarde, preciso ira pra casa. Mas antes preciso entregar esse folheto. (Música de fundo)
NARRAÇÃO: Sua alma estava aliviada, mas ansiava por terminar sua missão e procurava alguém pra entregar o ultimo e derradeiro folheto para assim poder ir pra casa, mas as ruas estavam desertas.
PINKINTIN: Já sei vou escolher uma dessas casas e tocar a campainha, assim que a pessoa aparecer entrego o folheto, falo do amor do Senhor e vou embora.
NARRAÇÃO - Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta.
PINKINTIN: É melhor eu ir embora. (vira-se para ir embora) Vou tentar mais uma vez (Toca) quem sabe se eu bater.
NARRAÇÃO: Ele tentou ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda. Ele tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste.
SENHORA MARLENE: O que posso fazer por você, meu filho?
NARRAÇÃO: Lucas estava com os olhos radiantes e um sorriso iluminado.
PINKINTIN: Eu, na verdade, estou muito... Satisfeito.
MARLENE: Precisa de algo?
PINKIN - Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só queria de dizer que Jesus a ama muito e eu vim aqui pra te entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre Jesus e seu grande amor. (Entrega e vai saindo) Boa noite!
MARLENE: Filho, como se chama?
PINKINTIN: Pinkintin.
MARLENE: Que nome engraçado. Eu me chamo Marlene.
PINKINTIN: Um nome lindo senhora! Todo mundo tem valor diante de Deus.
MARLENE: Você está todo molhado!
PINKINTIN: Eu gosto da chuva... E do frio! Até logo, senhora... (Sai correndo)
MARLENE: Obrigada, meu filho! (A parte) Que Deus te abençoe! (Música – B.O)
NARRAÇÃO: Ensinai em tempo e fora de tempo. O verdadeiro pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Na manhã do seguinte domingo na igreja, o Pastor Aristóteles estava no púlpito ensinando na escola bíblica.
CENA 3 – (Luz – Pastor e os membros da igreja)
ARISTÓTELES - Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?
MARLENE: Eu tenho algo a dizer! (Música de fundo)
ARISTÓTELES: E quem é a senhora?
MARLENE: Eu me chamo Marlene. Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui.
ARISTÓTELES: A senhora tem algum testemunho, é isso?
MARLENE: Sim eu tenho muito mais que isso.
ARISTÓTELES: Fique a vontade!
MARLENE: Obrigada!
  Vocês sabem antes do domingo passado eu não era cristã.
  Meu marido faleceu a algum tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo.
  No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.
  Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou.
  Eu pensei Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora.
  Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte.
  Eu pensei: Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar.
  Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta, enquanto a campainha soava cada vez mais alta.
  Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida.
  O seu sorriso, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo saltasse para a vida, quando ele exclamou com voz de querubim: 'Senhora, eu só vim aqui para dizer que Jesus a ama muito. '
  Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos.
  Conforme aquele anjinho desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto.
  Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Eu agora sou filha de Deus!
  Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer obrigado ao anjinho de Deus que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno. (Música aumenta)
NARRAÇÃO - Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos. E quando gritos de louvor e honra ao Rei ecoaram por toda a igreja, o Papai Pastor desceu do púlpito e foi em direção a primeira fila onde o seu anjinho estava sentado. Ele tomou o seu filho Pinkintin nos braços e chorou copiosamente. Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho.
ARISTÓTELES – Estou com vergonha, muita vergonha, pois deixei meu filho evangelizar sozinho.
MARLENE: Não se sinta assim, tire proveito, veja o quanto Deus poderá fazer através dos jovens com um coração puro.
ARISTÓTELES: É verdade.
CAMILA: (Abraçada ao Lucas) O Senhor está sempre nos surpreendendo.
ARISTÓTELES: Obrigado dona Marlene por vir nos trazer essa grande benção.
CAMILA: (Abraça a Marlene) Obrigada! (Música aumenta)
NARRAÇÃO: Deus permitiu que o Seu Filho Jesus Cristo viesse a um mundo frio e tenebroso e que sofresse por nós. Depois de vitorioso, Ele recebeu o Seu Filho e deu-lhe honra e gloria, assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e potestade e lhe deu um nome que é acima de todo nome. Disse Jesus: “Eis que me foi dado todo o poder nos céus e na terra”. Sejamos fieis ao Senhor e vivamos para glorificá-lo, pois Ele é Santo, Fiel e acima de todos e de tudo.

FIM

Escrito em Setúbal, dia 16 de Julho de 2010 por Karim Breves Costa com o apoio de Nan Breves.
Todos os Direitos Reservados@
Ministério Atores de Cristo – Portugal – Profissionais a serviço do reino

Anderson França
Atrás do Sol

Sinopse:

Samir é um jovem muçulmano que encontrou nos Estados Unidos a sonhada oportunidade para estudar e crescer profissionalmente.
Lá, também, ele encontrou a verdade sobre Cristo e tem tido liberdade para falar e viver sua fé livremente.
Mas, seu maior desafio, e também seu maior medo, será contar para sua família muçulmana sobre sua nova fé.

Baseada em fatos reais, a história de Samir conta o drama que jovens ex-muçulmanos enfrentam quando abandonam o islamismo.

De um lado, uma família que se sente traída e envergonhada. Do outro, Samir, que escolheu seguir Cristo e pagará um alto preço por sua decisão.

Veja essa história de fé, que não deixará muitas opções: a família ou Cristo.

Anderson França
Yerushalaim

Tomando por base a guerra entre Israel e Palestina, esta peça propõe a discussão das diferenças culturais e individuais partindo de algo mínimo e seguindo para as imensas disparidades culturais que experimentamos.
Mas existe algo que nos une: estamos todos no mesmo mundo, somos todos criaturas de Deus e precisamos respeitar e amar cada um, por mais difícil que possa parecer.
Esta dramaturgia procura, no seu início, mostrar a separação entre israelenses e palestinos, entre passado e presente, entre masculino e feminino, entre paz e conflito, entre humano e divino, entre pais e filhos, entre tradição e novidade, entre felicidade e tristeza, entre morte e vida, mas, ao longo da encenação, tudo isso se mescla para compor um único cenário onde predomina o amor e um princípio de aceitação.
Personagens:

ISAQUE:
ELY:
ISAQUE CRIANÇA:
ELY CRIANÇA:
BENJAMIN:
DÉBORA:
NARRADOR 01:
NARRADOR 02:
YORAM:
IDA:
ELISAMA:
ASSISTENTE:
CÂMERA:
SAHAR:
RUTE:
REVOLUCIONÁRIOS:
MULHERES:
ENFERMEIRO:


Trilha sonora 1

Jogo de luzes. Entram Ely e Isaque crianças e começam a brincar com carros de madeira. Ely está à frente, quando Isaque para diante da divisão. Ely olha para ele.

ELY CRIANÇA: O que foi, Isaque?
ISAQUE CRIANÇA: É porque chegamos na divisão.
ELY CRIANÇA: Sim, e daí?
ISAQUE CRIANÇA: Você sabe como meu pai é.
ELY CRIANÇA: Seu pai é uma besta.
ISAQUE CRIANÇA: Ele disse que não era para passar da barreira. Disse que era perigoso.
ELY CRIANÇA: É perigoso só pra você, Isaque.
ISAQUE CRIANÇA: Claro que é perigoso só pra mim. É você quem mora aí do outro lado
ELY CRIANÇA: Presta atenção, Isaque. Tu já fala com um palestino, é amigo de um e ainda acha que passar cinco milímetros da divisão é perigoso?
ISAQUE CRIANÇA: É que eu nunca fiz isso, Ely.
ELY CRIANÇA: Mas você pode, Isaque. Vem logo.
ISAQUE CRIANÇA: Não, não quero.
ELY CRIANÇA: Vem, Isaque!
ISAQUE CRIANÇA: Não...
ELY CRIANÇA: Agora!
ISAQUE CRIANÇA: Tá bom, eu vou.
ELY CRIANÇA: É assim que se fala. (puxando-o pelo braço)
ISAQUE CRIANÇA: Sei não, Ely.
ELY CRIANÇA: Sossega, Isaque. Tá comigo, tá com Alá.

Trilha sonora 2
Entram Ely e Isaque adultos na parte superior. Enquanto Ely está no lado esquerdo, arrumando-se, Isaque está comendo amendoim sentado no chão, olhando para trás como se estivesse escondendo. Ely está de roupa social, enquanto Isaque está desarrumado, pois acabou de chegar do trabalho. Entram as meninas.
NARRADORES: (entrando) E aquelas duas crianças crescem e tornam-se dois homens completamente diferentes. O que antes era amizade dá lugar à separação. Hoje, Ely e Isaque seguem os caminhos ditados pela tradição.
NARRADOR 01: Mas, cá pra nós, tem coisa melhor pra quebrar...
NARRADOR 02: ...do que tradição?
Narradores: Estes dois voltarão a se unir um dia. Quem sabe?
NARRADOR 01: Este aqui é forte como um touro. Exercita-se todo dia em casa. Aprendeu com o pai que homem que é homem tem que ter o peito maior que a barriga.
NARRADOR 02: Hum, já esse aqui vive longe de correria.
NARRADOR 01: Ely adora estar impecável quando vai sair pra algum lugar com Sahar, sua esposa. Mas detesta que ela ajeite sua gravata, pois sempre a deixa acima da fivela do cinto.
NARRADOR 02: Este aqui não está nem aí pra vaidade. Gosta mesmo é de comer. (olha para Isaque. Aponta) e ele acabou de almoçar.
NARRADOR 01: Ely ama tirar cera de ouvido com as chaves.
NARRADOR 02: Já Isaque adora colecionar fotos com o seu dedo na frente da câmera.
NARRADOR 01: Ely não gosta das marcas de lençol que ficam no rosto quando acorda.
NARRADOR 02: Isaque detesta quando Débora, sua irmã, resolve (faz o gesto, enojada) “limpar o salão” na mesa de jantar.
NARRADOR 01: Ely não gosta de gente que cutuca quando chama.
NARRADOR 02: Ah, Isaque também. Pelo menos uma coisa em comum.
NARRADOR 01: Mas Isaque faz aquele barulhinho depois de comer que Ely odeia.
Isaque começa a tirar restos de comida dos dentes mexendo os lábios e a língua. As meninas olham para ele.
NARRADOR 02: Tá vendo que coisa chata?
Narradores: Bom, todos temos diferenças...
Enquanto menina Ely fala, saem todos.
Trilha sonora 3
Ely adulto e Yoram Khomeini entram pelo piso inferior enquanto são arrumados pelas assistentes. Assistente 2 sai por alguns instantes e volta pela coxia.
Assistente 01: Falta um minuto. Mais rápido.
Yoram fica praticando suas falas.
ASSISTENTE: (contando diante da câmera) cinco, quatro, três, dois, um. Vai!
YORAM: Boa noite, caro telespectador. Continuamos com o estudioso Ely Khatib, o cientista do instituto de política internacional. Bom, dando prosseguimento à nossa entrevista: Dr. Khatib, a quem pertence Jerusalém?
ELY: Aos árabes, Yoram. Sempre pertenceu aos árabes.
YORAM: Mas, Dr. Khatib, a cidade de Jerusalém foi construída pelo rei Davi, dos israelitas. E, além disso, ela nunca é mencionada no corão. Como o Sr vê esta perseguição que nós, muçulmanos, fazemos aos israelenses?
ELY: Yoram, é dever sagrado de todo muçulmano, em qualquer idade, promover a guerra santa. Você, como palestino, sabe que a violência é a mais positiva forma de oração dos muçulmanos. A batalha contra Israel será tamanha que ela deixará de existir, pois como decreta o Corão: “matai os idólatras onde quer que os encontreis, e capturai-os e usai de emboscadas contra eles”.
Trilha sonora 4
YORAM: O que seria a paz para o povo palestino, Dr. Ely?
ELY: Paz, para nós, Yoram, significa a destruição de israel.
Saem Ely, Yoram para o lado oposto. Entra Débora, limpando as mãos no avental.
DÉBORA: Isaque, acabei de ligar pro hospital. O papai confirmou que ia voltar hoje pra casa.
ISAQUE: Vamos montar um jantar pra ele, Débora?
DÉBORA: Hum, espero que ele não traga aquela enfermeira que ele conheceu lá.
ISAQUE: Débora, de novo isso. Eu não vejo nada demais em ele ter uma pessoa pra conversar.
DÉBORA: Aquela mulher é uma cristã, Isaque. Uma cristã!
ISAQUE: (ironizando) bom, eu acho que ele não vai se arriscar a casar com ela. Então, você pode ficar tranquila
DÉBORA: Sei não, quando eu liguei, ele disse que tinha uma coisa muito importante pra falar. Talvez seja isso.
ISAQUE: Será? Bom, bora deixar de especular e arrumar tudo pro jantar.
Entram Ely e Sahar, arrumando-se para sair. Isaque e Débora começam a arrumar as flores na sala.
ELY: Você gostou da minha entrevista hoje à noite, Sahar?
SAHAR: Você sabe que eu não concordo muito com o que você fala, Ely. Mas pelo menos você estava bonito.
ELY: Eu sei. Nem precisava me dizer.
SAHAR: Vamos agora?
ELY: Umpfff... A gente precisa mesmo, Sahar?
SAHAR: Precisa sim.
ELY: É porque é tão estranho. Eu não pensei que ia ter de passar por isso novamente. E ainda mais depois de casado.
SAHAR: Visitar os meus pais não deve ser uma tortura tão grande assim, Ely.
ELY: Para nós, homens? É, sim. Acredite.
SAHAR: Mas é bom você provar um pouco do seu veneno.
ELY: É, né? Se não tem como fugir...
Sahar olha para ele com carinho, como se tentasse o convencer de ir para o jantar.
SAHAR: Eu te amo tanto, ely.
ELY: Obrigado, Sahar, eu também me amo.
SAHAR: (dá um tapinha no braço dele) vamos logo.
ELY: Tá certo.
ISAQUE: Será mesmo que ele vai mesmo casar de novo, Débora?
DÉBORA: Há tanto tempo ele tá sozinho.
ISAQUE: Mas ele faria isso com a mamãe?
DÉBORA: Isaque, a gente vai ter de superar, né? Nem que seja para uma... Cristã.
Trilha sonora 6
Entram Isaque criança e Rute.
ISAQUE: Eu sei, mas é tão difícil.
Rute começa a contar uma história da bíblia para Isaque. Ele está no colo dela lendo o livro. Um foco de luz sobre ele e sobre Isaque adulto.
ISAQUE: Você lembra do jeito que ela sorria, Débora?
Isaque e Débora paralisam.
RUTE: E foi assim que Gideão com seus 300 homens derrotou 30.000. Foi pela fé, Isaque.
ISAQUE CRIANÇA: O que é a fé, mãe?
RUTE: É ter certeza de algo que você nunca viu, Isaque.
ISAQUE CRIANÇA: E os antigos tinham essa fé, mãe?
RUTE: Claro, meu filho. Moisés, Gideão, Elias, Davi, Josué e tantos outros venceram batalhas pela fé.
ISAQUE CRIANÇA: A senhora acha que nós venceremos essa guerra pela fé?
RUTE: Não clame pela vitória, Isaque. Clame pela paz.
ISAQUE: Clamar pela paz. Será que é isso que a gente precisa fazer?
Ambos saem ao fim da música.
Ao fim da música, todos voltam a se mexer. Débora pega uma vassoura e varre o ambiente. Entram Ely e Sahar pelo piso inferior.
ELY: Até que enfim. Acabou.
SAHAR: Não seja dramático, Ely.
ELY: Dramático, eu? Você viu a forma como sua mãe falou “boa noite” quando eu entrei?
SAHAR: Que tem?
ELY: Parecia que tava querendo voar no meu pescoço. Se bem que ela tentou uma vez...
SAHAR: (tirando os brincos) em que hora foi isso?
ELY: Foi naquela hora que eu tava engasgado com aquele quibe que ela fez. Nunca vi. Quibe mais seco.
SAHAR: Não foi por mal, Ely.
ELY: Enfim, deixa pra lá. Vamos viver em paz e falsidade com nossos sogros.
Trilha sonora 7 - Trovão
Débora sai de cena.
ELY: Tá vendo? Foi um sinal.
SAHAR: Vamos mais rápido. Vai cair uma tempestade. Onde foi que você deixou o carro?
ELY: Ali, vamos logo.
SAHAR: Calma, criatura. (saindo com Ely)
Débora volta com um rádio nas mãos e o coloca no chão.
DÉBORA: Esse ambiente precisa de música. (ligando o rádio)
Trilha sonora 8 – “Hava Naguila”
DÉBORA: (começa a dançar) Dança comigo, maninho.
ISAQUE: Débora, a gente precisa terminar logo isso. Olha, e onde está o presente que você comprou pro papai?
DÉBORA: Vem logo, Isaque.
ISAQUE: Eu não vou dançar, Débora. Vai, me diz logo.
DÉBORA: Dança comigo que eu digo.
Isaque começa a dançar sem vontade.
DÉBORA: Tá vendo? Foi difícil?
ISAQUE: Pode me dizer agora?
DÉBORA: Tá na segunda gaveta da escrivaninha.
ISAQUE: Muito obrigado, Débora. Depois eu pego (saindo da dança)
BENJAMIN: (entrando) onde está o meu filho da promessa?
DÉBORA: Pai! (dá um abraço nele e volta a dançar)
ISAQUE: Pai, como é que o senhor está?
BENJAMIN: Estou bem, filho.
ISAQUE: Débora, você não tinha de terminar o jantar, não é?
DÉBORA: Tá, eu vou pra lá. (desligando o rádio e saindo)
BENJAMIN: Muito bem, Débora. “a mulher sábia edifica sua casa, mas a tola, com as próprias mãos a derruba” assim dizia o sábio Salomão.
ISAQUE: Pai, eu podia te fazer uma pergunta?
BENJAMIN: Claro, Isaque.
ISAQUE: Que revelação é essa que o senhor vai fazer?
BENJAMIN: Você é muito esperto, Isaque. Acha mesmo que eu vou te dizer?
ISAQUE: Ora, e eu não sou o seu filho favorito?
BENJAMIN: Fala baixo, Isaque. Não quero que sua irmã ouça. Prometa então que não vai contar a Débora até o jantar.
ISAQUE: Prometo.
BENJAMIN: Foi há algumas semanas. Sabe aquela enfermeira que cuidou de mim no hospital?
ISAQUE: Ah, a sra Rosenberg?
BENJAMIN: Ela mesmo.
ISAQUE: Eu estava até discutindo com Débora sobre isso.
Benjamim: (triste, conformado) Ah, eu imaginei que você não fosse concordar.
ISAQUE: Mas depois eu pensei: “acho que o meu pai tem o direito de aproveitar a vida, não é?”.
BENJAMIN: (estranhando) Eh...é, isso mesmo.
ISAQUE: E ainda mais ao lado de alguém que ele ama.
BENJAMIN: (pausa) Como, Isaque?
ISAQUE: (pausa) Como assim? Você não vai se casar com ela?
BENJAMIN: (quase sorrindo, pelo mal-entendido) Ora, por que eu faria isso?
ISAQUE: Então por que o senhor falou nela?
BENJAMIN: Ela mudou a minha vida, Isaque.
ISAQUE: Mas como?
BENJAMIN: Eu conheci o filho de Deus, Isaque.
ISAQUE: que história é essa, pai?
BENJAMIN: lembra-se daquele que foi crucificado por nosso povo?
ISAQUE: Lembro vagamente.
BENJAMIN: Ela me mostrou que ele completa a palavra dos profetas.
ISAQUE: O quê?
BENJAMIN: Isaque, tudo estava escrito. Ele morreu carregando nossos pecados naquela cruz.
ISAQUE: Pare!
BENJAMIN: (pausa) Eu me tornei uma nova pessoa, Isaque.
ISAQUE: O senhor perdeu a cabeça, isso sim. Saia da minha casa! Vá embora!
BENJAMIN: Isaque...
Trilha Sonora 9
ISAQUE: O senhor ouviu. Vá embora.
BENJAMIN: Eu sabia que seria difícil...
ISAQUE: Débora!
DÉBORA: O que foi, Isaque? Desse jeito eu não termino hoje...
ISAQUE: (interrompendo) Eu vou levar o papai embora. Ele não está bem. A gente adia a festa.
DÉBORA: Que foi que aconteceu?
ISAQUE: Ele se tornou um cristão.
DÉBORA: Isso é verdade, pai?
BENJAMIN: É, minha filha.
DÉBORA: (pausa) Mas, por que?
BENJAMIN: Eu não queria que fosse assim, Débora. (coloca a mão no peito, tossindo)
DÉBORA: Pai!? Isaque!
ISAQUE: (corre para ele) Aguente firme, pai.
DÉBORA: Eu pego o carro. Me dá as chaves, Isaque!
ISAQUE: (tirando-as do bolso) Toma!
ISAQUE: Vamos, pai! (carregando-o, sai)
Na parte inferior, Isaque entra com Benjamin e Débora. Já estão em cena Elisama e ida, enfermeiras do hospital israelense. Enquanto acontece a cena, leva-se uma cama para o piso superior, no lado direito.
ISAQUE: Senhora, pode nos ajudar?
ELISAMA: O que aconteceu?
DÉBORA: Foi uma crise respiratória.
ELISAMA: Para a emergência, rápido.
IDA: (para Débora) A senhora pode preencher a documentação?
DÉBORA: Posso. Isaque, vá com ele, por favor.
ISAQUE: Certo.
Isaque vai para o piso superior com Benjamin e Elisama. Esta o examina.
Trilha sonora 10 – Acidente de Carro
DÉBORA: O que foi isso?
IDA: Foi um acidente aí fora?
DÉBORA: Acho que sim.
ELY: (entra com Sahar toda ensanguentada nos seus braços) Por favor, me ajuda!
IDA: O quê?
ELY: Deixe-a ficar, por favor!
IDA: Este é um hospital israelita, Sr! O senhor não pode ficar!
ELY: Como?! Você não está vendo o estado dela?
IDA: O senhor é palestino!
ELY: Eu não vou embora! A minha mulher vai ficar aqui!
DÉBORA: (para ida) Leve ela, por favor. Cuide dela pelo menos!
IDA: (pelo telefone) Temos uma emergência no saguão! Venham rápido! (entra um enfermeiro, que leva Sahar dos braços de Ely) Peguem a cama para preencher o quarto 36. (sai com o enfermeiro)
DÉBORA: Eu fico aqui. Sr, pode preencher a ficha?
ELY: Eu não estou com cabeça pra isso agora.
DÉBORA: A enfermeira vai cuidar da sua mulher. Pode ficar calmo. Vamos beber um copo d’água.
ELY: Não.
DÉBORA: Por favor.
ELY: Olha, eu não preciso de você! Como se já não bastasse ter de ficar nesse lugar...(pensa no que acabou de dizer, olha para Débora) Olhe, a culpa não é sua. É que eu não estou bem.
DÉBORA: Venha aqui, por favor. Vamos preencher a ficha. Eu escrevo pra você.
Ely concorda com a cabeça. Os enfermeiros trazem a cama e a colocam no canto esquerdo, enquanto Isaque está dormindo junto à cama de seu pai. Trazem Sahar e a colocam, enquanto ida ajeita a cama e limpa o rosto e o corpo de Sahar. Depois, começa a fazer curativos.
DÉBORA: Qual é nome dela?
ELY: (respira fundo) Sahar Khatib.
DÉBORA: (escrevendo) Certo. E o seu?
ELY: (pausa) Ely Khatib.
Isaque acorda e olha para Ida fazendo curativos em Sahar. Lentamente, levanta-se e vai até ela.
DÉBORA: (para e olha para ele) Ely Khatib?
ELY: Sim. (com a cabeça baixa)
DÉBORA: O estudioso?(Ely concorda com a cabeça, chorando) Que ironia, não é?
ISAQUE: Com licença, precisa de ajuda?
IDA: Um pouco. Pode ficar limpando o rosto dela enquanto eu termino os curativos?
ISAQUE: Claro. (pausa) O que aconteceu com ela?
IDA: Acidente de carro. Não tem nenhuma lesão grave por fora. A gente ainda precisa fazer uns exames para ver se há hemorragia interna.
ISAQUE: E o acompanhante dela?
IDA: Está lá fora, preenchendo a ficha. É um palestino.
ISAQUE: Sério?
IDA: Acredite.
DÉBORA: Pronto, já respondemos tudo. Quer ir para o quarto agora?
ELY: Quero, por favor. (saindo com Débora)
ISAQUE: Mas, e quem ele é?
IDA: Sabe aquele historiador que dá entrevistas na televisão? Como é nome dele? Ah, Ely Khatib.
ISAQUE: (pausa) Ely Khatib vai ficar aqui?
IDA: Desculpe, eu entendo. Bom, obrigado. Tenho de resolver a papelada dessa paciente. (saindo)
ISAQUE: (entregando-lhe os materiais) Está bem.
DÉBORA: (entrando com Ely) olha, Ely. Aqui está Sahar.
ELY: Obrigado, Débora.
ISAQUE: (irritado) O que significa isso, Débora?
DÉBORA: (para Ely) Esse é o meu irmão Isaque.
Ely olha para ele e volta-se para Sahar, sentando na cadeira e segurando sua mão.
ISAQUE: Eu já o conheço, Débora. Conheço até mais do que devia.
DÉBORA: Isaque, por favor. Aqui não.
ELY: Pode deixar, Débora. Eu entendo seu irmão. Também agiria da mesma forma.
ISAQUE: E ainda pensar que passei minha infância contaminado pelos seus costumes.
DÉBORA: Do que você está falando, Isaque?
ELY: Nós fomos amigos quando éramos crianças, Débora. Não sabíamos o porquê dessa luta.
ISAQUE: Não há nada do que me arrependa mais.
Débora vai para junto de seu pai.
Trilha sonora 11
Entram Ely e Isaque crianças e começam a brincar no piso superior.
ELY: Pois somos dois, Isaque. Passei esse tempo todo achando que você estivesse morto.
ISAQUE: Pois pode acreditar que eu estou morto. Pelo menos para você.
ELY: Essa sua raça já está morta, não só pra mim, mas para todo o meu povo, Isaque.
Eles olham-se por uns instantes. Sentam-se cada um do seu lado. Paralisam

Trilha Sonora - Explosão
Mulheres entram em cena, correndo e gritando, desesperadas e ensaguentadas. Um atentado terrorista acaba de acontecer na cidade.
ELY CRIANÇA: O que foi isso?
ISAQUE CRIANÇA: Foi lá em Jerusalém.
ELY CRIANÇA: Sua mãe está lá, Isaque!
Pelo centro do público, corre uma multidão formada por mulheres que caem pelo chão e gritam desesperadamente, carregando suas crianças. Quando começar a música, entram dois revolucionários palestinos, que trazem Rute presa, com roupas rasgadas e sangrando na cabeça. Começam a rasgar mais suas roupas, como se quisessem estuprá-la. Isaque e Ely correm.
ISAQUE CRIANÇA: Não!
Eles empurram as crianças e voltam para Rute, que tenta recuperar suas roupas e chora constantemente. Isaque e Ely voltam para eles.
ISAQUE CRIANÇA: Sai daqui!
ELY CRIANÇA: Deixa ela em paz!
Os revolucionários desistem de Rute e começam a bater nas crianças. Elas gritam e choram. Rute tenta recuperar suas forças e, ao ver que é seu filho que está com os homens, dá grito que lhe rasga a garganta, mas que vem da profunda dor que está sentindo. Corre a fim de salvar seu filho e seu amigo, batendo incessantemente nos palestinos, usando a corrente com a qual está presa. Eles saem dos meninos e um deles corta o pescoço de Rute, que cai sangrando no chão, com o rosto virado para o chão. Eles vão embora e levam Ely, por terem visto que era palestino. Arrastam-no. Ely grita e tenta fugir.
ELY CRIANÇA: Não!
ISAQUE CRIANÇA: (correndo para Ely) Ely!
Os homens empurram-no e ele cai no chão. Um deles leva Ely embora, mandado pelo outro. Este dá um tapa com as costas da mão no rosto de Isaque e passa esfregar a faca no rosto da criança, o que suja seu rosto de sangue. Humilha-o, colocando seu rosto bem próximo ao rosto da mãe, virando seu corpo logo em seguida e sai. Isaque vai até sua mãe. Coloca a cabeça dela no seu colo e começa a chorar, acariciando sua cabeça. Uns segundos depois, entra Ely criança pelo piso superior, empurrado por um dos homens. Está amarrado pelas mãos, sem camisa, com marcas de chicote nas costas e sangue saindo de sua boca. O homem manda que fique no canto e durma. Ely levanta-se com dificuldade e cai algumas vezes.
ELY: Pude sobreviver às torturas e à violência, mas a obrigação de viver sob o islamismo seria pior do que a morte. O desejo islâmico de destruir Israel é ensinado desde a infância. Líderes políticos e religiosos estão fazendo ameaças na TV e nas rádios, nas mesquitas e nas ruas. A batalha entre Javé, o deus de Israel, e Alá, o deus do islamismo, está alcançando um apogeu apavorante.
Os anjos entram e levam Rute embora, deixando Isaque sozinho.
ISAQUE: Em Israel, não há liberdade de consciência, de expressão, de religião, de voto ou de imprensa. A “terra santa” está contaminada por drogas, pornografia, rebeldia juvenil, estupros, roubos e crimes. Israelenses são jogados uns contra os outros pelo egoísmo. A violência em casa atinge mais de 200.000 mulheres israelenses por ano. A selvageria nas escolas e desilusão com o judaísmo crescem a cada dia. (saem)
ELISAMA: (entra com exames na mão, enquanto Débora sai) Bom dia.
ELY: Bom.
ELISAMA: Conseguiu descansar?
ELY: Não, nenhum pouco.
ELISAMA: Sei, é realmente difícil nestas horas.
ELY: O que veio me dizer?
ELISAMA: O Sr é bem direto, não é? Bom, nós fizemos alguns exames e foi detectada uma perda de sangue muito grande. É necessária uma transfusão de emergência. E nossas reservas não têm o tipo sanguíneo dela.
ELY: Eu vou tentar algumas pessoas.
ELISAMA: Seja rápido. Só temos uma hora, Sr. Ely.
ELY: Está certo. Tem algum telefone aqui?
ELISAMA: Na recepção.
ELY: Obrigado. (sai)

Trilha sonora 12
Ely sai e desce até a recepção, onde encontra o telefone e começa a telefonar. Chora cada número discado. Estamos percebendo um pouco mais da humanidade, da fraqueza de Ely. Elisama vai até Isaque e Benjamin.
ELISAMA: E ele, como está?
ISAQUE: Dormiu a noite toda. Eu é que não dormi.
ELISAMA: Ele está um pouco melhor. Daqui a dois dias terá alta.(Benjamin acorda. Olha para Elisama) Olha, ele acordou. Oi, como está?
BENJAMIN: (rouco) Mais ou menos.
ELISAMA: Daqui a dois dias o senhor vai estar em casa. Não se preocupe.
ISAQUE: O que foi que aconteceu com aquela moça?
ELISAMA: Precisa de sangue urgentemente e, por causa dessa guerra, temos perdido nossas reservas a cada dia. E o marido dela só tem uma hora para conseguir alguém.
BENJAMIN: Meu deus.
ELISAMA: É verdade.
BENJAMIN: Qual é o tipo de sangue dela?
ELISAMA: É o positivo. O senhor conhece alguém que tenha?
BENJAMIN: (pausa) Eu tenho.
ELISAMA: Mas o senhor não está em condições, Sr. Benjamin.
BENJAMIN: (pausa) Mas eu quero fazer.
ISAQUE: Pai, o senhor não pode fazer. Ela é uma palestina. E o marido dela também.
BENJAMIN: E isso é mais importante do que a vida dela, Isaque?
ISAQUE: É, pai.
BENJAMIN: (pausa) Srta., pode me deixar um momento com meu filho?
ELISAMA: Claro, Sr.. (sai)
ISAQUE: Pai, isso é suicídio. Eu não vou deixar.
BENJAMIN: Desde quando você cuida da minha vida?
ISAQUE: Desde o momento em que o senhor veio com essa história de ser cristão.
BENJAMIN: Isaque, tente libertar a sua mente da lei. Aprenda a viver em Deus sem precisar de normas. O senhor reúne todos aqueles mandamentos em um só quando diz: “Amarás ao teu Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo (aponta para Ely) como a ti mesmo”.
ISAQUE: Pai, aquele homem era um farsante.
BENJAMIN: Isaque, nós estamos 2000 anos atrasados. A esperança para Israel está na volta dele, quando chegar a hora.
ISAQUE: O senhor não era assim.(pausa) eu perdi o meu pai.
BENJAMIN: Eu morri para este mundo, Isaque. E, assim como a Cristo, quero dar meu sangue para salvar um pecador e lhe dar uma segunda chance.
ISAQUE: O senhor não pensa em nossa família? Como vai ficar Débora?
BENJAMIN: Isaque, existem dois caminhos a seguir nesta vida: um deles é largo e o outro estreito. Qual deles o leva à salvação?
ISAQUE: (quase chorando) O estreito.
BENJAMIN: Por quê, Isaque?
ISAQUE: Porque é o mais difícil a seguir.
BENJAMIN: E o que traz mais satisfação. A nossa batalha é pela fé, Isaque. Clame pela paz.
Trilha sonora 13
Isaque começa a chorar. Entra Ely e fica junto a Sahar, sentado na cadeira, segurando sua mão. Isaque olha para Ely, vai até ele e toca no seu ombro.
ELY: Deixe-me sozinho.
ISAQUE: Meu pai decidiu doar sangue para ela.
ELY: (confuso) O quê? Mas como? Por quê?
ISAQUE: Meu pai está diferente, Ely.
ELY: O que aconteceu com ele?
ISAQUE: Ele encontrou o messias. Aquele que veio perdoar nossos pecados e nos dar a vida eterna.
ELY: Não, eu não posso aceitar... Sangue judeu nas veias da minha esposa...
ISAQUE: Jesus morreu por todos nós, Ely, independente de cor e raça. Meu pai disse que os seus dois mandamentos foram: amar a deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo...
ELY: Bem, Isaque, mas o sangue é compatível?
ISAQUE: É.
ELY: Então, eu vou chamar a enfermeira.
ISAQUE: Está certo. (sorrindo tristemente)
ELY: Pronto, ele disse que ia doar. Vai ser agora?
ELISAMA: Vai. Mas ele precisa assinar isso aqui. É um termo de responsabilidade.
Benjamin assina e olha bem para Ely.
BENJAMIN: Qual é seu nome, amigo?
ELY: Ely, Sr.
BENJAMIN: Ely, tenho de lhe dizer uma coisa. Há muito tempo, nossos povos têm brigado por um único motivo: a diferença. Mas, Ely, eu vou lhe contar um segredo que ninguém quer enxergar: não existe diferença. Somos brancos, negros, homossexuais, assassinos, ladrões... Mas somos todos criaturas de Deus e temos o direito a uma segunda chance... Seja na infância, na juventude ou na velhice. (pausa) Faça por merecer, Ely. Mereça. Porque Deus está dando a você e a Sahar uma segunda chance.
ELY: (sóbrio e distante) Obrigado, senhor. Muito obrigado.
ELISAMA: Pronto, vamos começar. Sr. Benjamin, o senhor tem certeza de que quer prosseguir?
BENJAMIN: (olha para Ely) Tenho.
ELISAMA: Ajude-me aqui, por favor.
Trilha sonora 14 – “Paz” (Sérgio Lopes)

Elisama traz uma pequena bolsa de plástico, uma seringa e uma sonda, inserindo a segunda na veia de Benjamin e balançando a bolsa enquanto esta se enche de sangue. Começa a transfusão. Ely fica com Sahar, acariciando sua mão, pensando somente no sangue que ela receberá, ansioso. Entra Isaque Criança e começa a brincar com seu carro de madeira, no centro do palco. Entra Ely Criança com seu avião e atravessa o palco até chegar perto de Isaque Criança. Olha-o por uns instantes e começa a se aproximar dele. Elisama sai, levando consigo a bolsa de sangue. Benjamin aperta o braço de que foi tirada a seringa e com a mesma mão acaricia o rosto de seu filho, deixando uma marca de sangue em seu rosto. As crianças começam a brincar juntas. A mão de Benjamin desce do rosto do filho e fica junto ao seu corpo. Benjamin dá seu último suspiro e desfalece. Isaque, não acreditando no que acabou de ver, começa a chorar e passa a mão no rosto de seu pai, para fechar seus olhos. Ely olha para Isaque. Ely Criança levanta-se e destroca os brinquedos, pois vai embora. Ely olha para cima, pensando no deus de israel. Isaque criança chama por Ely criança. Ely toca no ombro de Isaque. Isaque criança dá um abraço em Ely criança. Ely dá um abraço em Isaque.

Fonte: Teatro Cristão

Anderson França segunda-feira, 28 de março de 2011
Quem serão os semeadores?

Em forma de parábola, começa com um assalto, um tiro, o assaltado ao solo. O socorro está bem próximo, mas não age...

Aproximadamente 5 minutos.

Personagens: Jovem ( homem)
Jovem ( mulher )
Médico
Ladrão
Alguém para fazer o encerramento ( explicar )

Cenário: palco deve representar uma rua, praça ou lugar público, onde os personagem pareçam estar andando.

Cena única:


A outra pessoa que o acompanhava, assustada, corre em busca de socorro.

Pouco tempo depois, chega com um médico (vestido a caráter, com mala e outros acessórios), porém, o médico apenas observa o jovem agonizar, sem esboçar nenhuma reação.

A jovem acompanhante, apavorada, pede ao médico que preste o socorro, mas ele fica inerte.

Enquanto o médico apenas observa, o jovem encena seus últimos momentos de vida (pode se fazer o barulho de um coração parando gradativamente, com um microfone).

Depois da morte, a cena é congelada e alguém, que não participou da apresentação, entra em cena e explica cada personagem:

O jovem acidentado representa o mundo, que necessita de socorro.

A companhia representa Jesus, que por muitas vezes nos instrui a levar o socorro espiritual ao mundo que clama.

O médico representa a igreja, em sua inatividade.

Fonte: Atos Dois | Teatro Cristão
O jovem está andando, acompanhado da jovem, quando um ladrão, na tentativa de lhe assaltar, acaba disparando um tiro, que acerta seu peito em cheio. O ladrão se apavora e vai embora(correndo).

Anderson França
Festas populares da Malásia

Na Malásia celebram-se numerosas festividades, mas cada uma de suas diferentes comunidades raciais conta com seus próprios costumes, tradições e festas. O maior evento do ano é o Hari Raya Puasa, que põe fim ao mês de jejum, o Ramadán. O dia começa com uma visita ao cemitério, seguida de outra a mesquita para dar graças rogar e suplicar. As crianças vestem suas melhores roupas e os muçulmanos malaios mantêm a casa aberta para que entrem os amigos e famílias crentes aos que lhes servem, durante todo o dia, uma grande variedade de pratos. Os turistas são bem vindos ao Sari Perdana, residência do primeiro ministro, que se encontra aberta durante a celebração desta festa.

Outra festa importante é o Ano Novo Chinês, onde acontece uma troca de presentes, visitam-se templos e também se mantém a casa aberta a parentes e amigos. As crianças esperam com grande ilusão a chegada deste dia para receber o "ang-pow", um presente que consiste em dinheiro ou em pequenos brilhantes vermelhos. A festa se encerra com fogos de artifícios e bailes de leões, acompanhados por enormes dragões, sem esquecer o retumbo dos gongos.

A comunidade hindu celebra o Deepavali ou Festival das Luzes, decorando suas casas com velas e lâmpadas de azeite, de acordo as crenças de que o Deus da saúde somente protege as casas bem iluminadas. Como no resto das festividades, os hindus mantêm suas casas abertas a parentes e amigos.

O Natal na Malásia celebra-se de forma muito especial. Aparte do usual dia de ações de graça e das músicas, os malaios mantém a casa aberta a todos os conhecidos. Uma semana antes, os habitantes buscam nas ruas peças e artigos para a decoração da casa. Manter a casa aberta, a família e aos amigos, é comum em todas as festas, um bom testemunho que fala da boa convivência das diferentes raças que comparte a alegria das ocasiões especiais.

Não há que deixar de nomear o Festival Chinês de Pastéis da Lua, que se celebra no meio do outono, no dia da lua cheia. Segundo a tradição, na lua mora uma lebre ou um coelho que prepara o Deus da imortalidade, e por isto é costume preparar um lanche com pastéis e oferecer a lua, a Yue Bing.

O Dia Anual da Cidade, que costuma celebrar nos primeiros dias de fevereiro, está marcado pela comemoração do reconhecimento de Kuala Lumpur como a cidade mais importante do país. As festividades concentram-se, a maioria em Taman Tasik Perdana e em Taman Titiwangsa, que são cenas de competições de pesca e de numerosos esportes aquáticos. Da mesma forma tem lugar atividades ao ar livre, procissão, regatas de barcos e inumeráveis carreiras e caminhadas que se organizam para festejar este evento.

No Dia Merdeka, 31 de agosto, é a celebração anual da independência. Em Kuala Lumpur festeja o Detaran Merdeka, situado enfrente ao Club Royal Selangor, um lugar histórico, onde declarou a independência o primeiro ministro da Federação Malaia. As pessoas saem às ruas para não perder os coloridos desfiles e vivos espetáculos que acontecem em toda a cidade.

A Festa de Malásia acontece em setembro, transformando Kuala Lumpur em uma feira de luzes. Durante duas semanas, os grandes hotéis e os centros comerciais se unem para promoverem a cultura, gastronomia e as artes manuais dos diversos estados malaios.

Outras festas de grande interesse são o Festival Hindu Dethaipusa e as relações com as colheitas em Sabah e Sarawak.

Anderson França
Comida típica da Malásia

A comida malaia é rica pelas especiarias e pelo gosto picante. Muito frango, arroz e molhos preparados com iguarias, como amendoim, pimenta e muito coco. O arroz, feito no vapor, é o prato principal de quase toda comida malaia e vem acompanhado de frango e pescada e molho de carne com coco. Folhas de coqueiro são utilizadas para cozinhar e também servem de especiarias. Salsa, pepino, soja e feijão frito acompanham as principais refeições.

Um dos pratos típicos na Malásia é o Roti Canai - uma espécia de pão sírio encontrado em barracas Mamak e muito consumido nos café da manhã.





Veja o vídeo e aprenda a fazer o Roti Canai:

Anderson França
Roupas típicas da Malásia

Malásia - 50º posição na lista dos países que perseguem a Igreja

A roupa que o povo malaio veste é da mesma forma que as dos ocidentais. Mas as mulheres muçulmanas usam saias longas, calças e lonços na cabeça. Esse traje é chamado de Baju-Kurung.



     Baju-Kurung

Os homens vestem camisas longas e calças (essa vestimenta é chamada por eles de Baju-Melayu, além de usar um tipo de chapéu chamado "songkok".

















         Songkok em destaque

Anderson França
As listras da Zebra

Sinopse:

Rashid nasceu em uma família cristã, mas logo após um ataque em seu vilarejo ele foi sequestrado e sua mãe, morta.
O menino foi salvo por uma família muçulmana, que o criou como seu próprio filho.
Mas as lembranças o desafiaram a redescobrir sua verdadeira identidade.


BÔNUS
Trailers:
- Atrás do Sol
- A noiva do Oriente
- As listras da zebra
- O livro perigoso
- Uma jornada de perdão

Dublado e legendado
Cor/NTSC
Duração: 57 minutos

Assista o trailler:


Você pode adquirir esse filme no site http://www.portasabertas.org.br/catalogo

Anderson França quinta-feira, 24 de março de 2011
Propósito

Olá queridos irmãos.

Estamos começando esse blog com uma intenção clara e objetiva: ajudar organizadores de eventos de missões com dicas e idéias para seus trabalhos.

Sempre apresentaremos roupas e comidas típicas de países, curiosidades, notícias sobre as mais diversas tribos existentes no nosso planeta, festas populares de cada lugar; tudo ilustrado com fotos.

Terá também a sua disposição para download apresentações de powerpoint com temas voltado para missões (totalmente editáveis) entre outros.

Todo material aqui postado poderá ser copiado, utilizado para os mais diversos fins, desde que seja sempre citado a fonte.

Matérias postadas nesse blog oriundas de outras fontes, terão os créditos veiculados no final de cada uma.

Caso voçê encontre aqui algum artigo de autoria sua e não vê a citação de fonte, por favor entre em contato conosco através do e-mail: tribosenacoes@live.com.

Que Deus vos abençõe em tudo!


* Lista de fotos que estão rodando no slideshow da página principal:








Anderson França quarta-feira, 23 de março de 2011